
A
Igreja sempre ensinou que os animais foram feitos “para servir ao homem”, e que
é lícito fazer experiências científicas com eles. Diz o nosso Catecismo que:
“Deus confiou os animais à administração daquele que criou à sua imagem.
É, portanto, legitimo servir-se dos animais para a alimentação... Podem ser
domesticados, para ajudar o homem em seus trabalhos e lazeres. Os experimentos
médicos e científicos em animais são práticas moralmente admissíveis, se
permanecerem dentro dos limites razoáveis e contribuírem para curar ou salvar
vidas humanas. É contrário à dignidade humana, fazer os animais sofrerem
inutilmente e desperdiçar suas vidas. E igualmente indigno gastar com eles o que
deveria prioritariamente aliviar a miséria dos homens. Pode-se amar os animais,
porém não se deve orientar para eles o afeto devido exclusivamente às pessoas”
(n.2417/8). Não é certamente qualquer pesquisa científica que justifica usar as
cobaias animais; somente aquelas que beneficiam a saúde do homem. A Igreja
ensina que os animais não são um fim em si mesmo, não têm alma imortal e se
acabam totalmente na morte.
Se não fossem as pesquisas feitas com o uso de cobaias animais,
muitíssimos medicamentos que salvam vidas não poderiam ser descobertos e usados:
vacinas, antibióticos, anti-inflamatórios, etc. Quem não aceita o uso de animais
como cobaias, então, que não use os medicamentos fruto dessas experiências.
Infelizmente nota-se que apenas os “sentimentos” são considerados como os únicos
índices éticos, deixando-se a razão de lado. Parece que o emotivismo está
sufocando o bom senso e a razão. Muitos cães e gatos de rua, maltratados e
abandonados, não desfrutam dos mesmos cuidados dos animais cobaias nos
laboratórios. E por que ainda estão nas ruas e abandonados, sujos, sarnentos e
até perigosos? Na lógica desses ativistas emotivos não deveríamos, então, comer
carne de peixes, frangos, boi, etc; e nem montar em cavalos e usá-los nas
carroças.
Prof. Felipe Aquino
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