sexta-feira, 28 de março de 2014

Grupos Abortistas Fazem Lobby em Massa na ONU e o Resultado é Status Quo

Created on Friday, 28 March 2014 01:43  By Stefano Gennarini e Wendy Wright

NOVA IORQUE, EUA, 28 de março (C-FAM) Uma campanha de lobby em massa gerou poucos resultados para os grupos abortistas que apareceram em força na reunião anual da Comissão da ONU sobre a Condição das Mulheres.

Grupos de mulheres — alguns financiados por governos — tentaram intimidar os delegados usando máscaras extravagantes, enchendo os corredores de militantes do lado de fora da sala de negociações como um túnel de trotes de estudantes, e organizando uma parada de “mobilização” dentro da ONU. Depois da maratona de sessões de negociações, os delegados concluíram às 2h na manhã do sábado passado.

O acordo final, negociado durante as duas semanas em que a comissão ocorreu, concordou com a mesma comissão do ano passado. Não avança direitos de aborto, direitos sexuais ou direitos homossexuais.

Alguns diplomatas estavam visivelmente frustrados com a falta de progresso sobre o aborto e obter orientação sexual e identidade de gênero como categorias de não discriminação nas políticas internacionais.

Um delegado de El Salvador deu um discurso inflamável quando os países concordaram no documento que enumera o progresso e desafios para as mulheres na obtenção das Metas de Desenvolvimento do Milênio.

“A estagnação não deveria ser um opção” criticou ele, balançando seu rabo de cavalo. Ajustando um tom triunfante apesar das perdas, ele declarou que a orientação sexual e a identidade de gênero é uma “viagem que meu país já fez por um tempo.”

Uma diplomata egípcia proclamou que ela falava por “todas as mulheres do mundo” para impedir qualquer reversão nos direitos e saúde sexual e reprodutiva. Mervat Tallawy teme “um temperamento conservador no mundo” tanto nos países em desenvolvimento quanto nos países desenvolvidos. Antes, durante as negociações a portas fechadas, ela teria questionado por que a Santa Sé teve permissão de falar considerando que não há mulheres no Vaticano.

Dezessete por cento de todas as mulheres do mundo são católicas. Mais de 134 mil pessoas, inclusive não católicos, assinaram uma declaração de apoio à Santa Sé na ONU.

A Santa Sé também sofreu a ira de ativistas de aborto na sala. Jovens com camisetas rosas da Associação Cristã de Moças juntamente com inspetoras de cabelos grisalhos zombaram da representante da Santa Sé, uma profissional da África, quando o presidente encurtou seu tempo de discurso por causa de um detalhe técnico.

As negociações seguiram o padrão de anos recentes em que países ocidentais que investem pesadamente em direitos reprodutivos e saúde sexual e reprodutiva buscaram expandir essas noções para incluir o aborto, a homossexualidade e a ampla noção de direitos sexuais.

Países do mundo em desenvolvimento, principalmente África, resistiram pedindo menção explícita de soberania nacional, cultura, religião e tradição para reduzir quaisquer compromissos para com políticas polêmicas.

Pessoas com conhecimento informaram ao Friday Fax que as negociações deste ano foram de certo modo paradas em comparação com anos recentes, até mesmo em questões polêmicas. Isso irritou representantes de grupos abortistas e promotores de direitos sexuais.

As apostas estão altas na busca do que será incluído na agenda de desenvolvimento pós-2015 — o plano de desenvolvimento que substituirá as Metas de Desenvolvimento do Milênio no próximo ano.

As Metas de Desenvolvimento do Milênio, um programa de 15 anos que determinou prioridades globais e bilhões em financiamento, não incluíam o aborto, e não focavam em saúde reprodutiva. Os grupos abortistas dedicaram campanhas imensas para simplesmente incluir saúde reprodutiva nas metas quando esse termo foi inicialmente mantido fora. Pesquisadores têm desde então relatado que isso tem desviado a atenção e financiamento da saúde materna.

Os grupos abortistas enfrentam um desafio difícil ao expandir suas fontes de financiamento se a nova agenda de desenvolvimento não focar decisivamente na saúde sexual e reprodutiva. A comissão deste ano foi um campo de testes para negociações que ocorrerão no próximo outono.

Tradução: Julio Severo
 Fonte: http://c-fam.org/en/

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